Não...
Não...
Não tenha pressa, mas não perca tempo...
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Não...
Não tenha pressa, mas não perca tempo...
Onde está tudo aquilo que passámos o tempo a desejar?
O que foi feito dos dias que tanto esperávamos…?
O que foi feito das noites que passavam devagar…?
O que foi feito daquilo que queríamos que passasse depressa…?
O que foi feito da pressa que afinal nos conduziu a lugar nenhum…?
O que foi feito daqueles caminhos que receámos percorrer…?
O que foi feito dos passos que afinal não demos…?
O que foi feito dos sonhos que fomos adiando…?
O que foi feito do tempo que ainda tínhamos…?
Para onde foi o que não sabíamos que acabaria por ir…?
Para onde foram todos os anos que pensávamos que ainda vinham longe…?
Para onde foi afinal tudo o que não chegou a vir…?
Para onde foi o tempo que passou sem avisar quando achávamos que conseguíamos dar conta de tudo aquilo que não “podemos agarrar”?
Para onde foi?
É tempo de desmanchar o que o tempo fez.
Desde que cheguei de férias que o tempo parece manteiga nas minhas mãos.
O perfecionismo com que rejo a minha vida nem sempre é um atributo muito positivo.
Gosto de fazer as coisas o melhor que consigo, dar o mais que consigo e viver ao máximo. E nem sempre é fácil. Por vezes acabamos por ser um bocadinho escravos da nossa personalidade e metas.
O passado e o futuro servem para viver o presente: um para caminhar com segurança e o outro para aproveitar melhor cada momento.
Há um poema, Seiscentos e Sessenta e Seis, de Mário Quintana, autor brasileiro, que diz:
« A vida é uns deveres que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são 6 horas: há tempo...
Quando se vê, já é 6ª-feira ...
Quando se vê, passaram 60 anos!
Agora, é tarde demais para ser reprovado ...
E se me dessem – um dia – uma outra oportunidade,
eu nem olhava o relógio
seguia sempre em frente ...
E iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas. »
O tempo, que é um dos nossos bens mais valiosos e que tantas vezes descuramos com coisas inúteis, aquilo que vulgarmente chamamos de perda de tempo.
Perante a passagem do tempo, só nos resta seguir em frente. Apreciar o que a vida tem para nos dar. E entre as coisas boas que a vida nos permite está o tempo que passamos com os outros, o tempo que passamos a falar, a conversar, a construir memórias...
Andamos numa correria danada para o fim.
Esquecemos o tempo, desprezamo-lo, queixamo-nos dele.
Mas esta é uma verdade absoluta: só o tempo dá respostas.
A vida é um carrossel...
E este carrossel acabou de completar mais uma volta; eis-nos, de novo, no último dia da semana!
É bom ser sexta feira…. mas já não é tão bom que o tempo passe sempre a correr…
A magia do verão faz-se de tempo!
Faz-se de sol e mar, de roupas frescas, de pés descalços, de gelados, de fruta doce e de sorrisos.
Gosto dos dias grandes de verão, cheios de luz, que nos permitem desfrutar de tudo o que nos rodeia de uma forma tão especial.
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