O despertar...
O despertar da perceção:
A nossa família está presente para nos mostrar o caminho a seguir.
Os filhos são a nossa luz e a nossa sombra ambulante.
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O despertar da perceção:
A nossa família está presente para nos mostrar o caminho a seguir.
Os filhos são a nossa luz e a nossa sombra ambulante.
Tive medo de errar nos primeiros tempos.
Foi tudo muito incompreensível e estranho.
Senti confusão mental e uma espécie de amnésia temporária, pois a nossa mente tem a capacidade de se “desligar” para não sofrermos tanto.
A mente alheia-se para buscar a cura de uma dor que não se explica, apenas se sente. É importante senti-la para nos libertarmos dela com o tempo.
Aceitar que se está a sofrer e aceitar que com o tempo a dor será enfraquecida pela saudade ajuda…, mas a saudade também vai pesar. Mas vai ser uma dor diferente.
A única coisa que se pode fazer passa pela forma como doravante se vai abraçar a vida, perante a ausência… física e também espiritual!
Nunca fui de ficar parada e vou continuar; na senda dos dias vou substituir a dor pelas memórias.
Vou caminhar… devagar, mas vou caminhar!
"É preciso voltar aos passos que foram dados, para os repetir, e para traçar caminhos novos ao lado deles. É preciso recomeçar a viagem. Sempre. O viajante volta já.", José Saramago
Deste canto do Mundo onde me encostei a olhar a vida e a ver as pessoas passar...
Este pedaço de praia (mais ou menos) deserta, onde me entrego à brisa, ao mar e ao sol que se recolhe atrás desse mar azul sem fim.
É o lugar onde me torno eu…
Onde me encontro com a vida e compreendo a minha essência.
É sobre isto o viver: o encontrar-me comigo no meio do caminho, para me fazer companhia pelo resto da vida...
O que é ser-se feliz?
Não é fácil responder, pois não existem fórmulas mágicas, rápidas e imediatas. A felicidade é um caminho que precisa de ser construído por cada um de nós.
Um caminho que, por vezes, pode ser doloroso e que implica, por um lado, tomar consciência das vulnerabilidades e fragilidades individuais e, por outro, comprometermo-nos com ações que, aceitamos como boas, mas que exigem uma força de vontade e coragem que por vezes esquecemos, ou achávamos que nem tínhamos.
Que difícil é este caminho quando tudo à volta parece desconhecer que este conceito existe!
A felicidade não é algo que simplesmente acontece. Todos temos o poder de fazer pequenas mudanças no nosso comportamento, no ambiente à nossa volta e nas nossas relações que podem colocar-nos no caminho para uma vida mais feliz. Mas temos de entender e aceitar que não controlamos tudo o que acontece e que isso é mesmo assim.
Mas afinal o que é a felicidade?
Todos queremos ser felizes, mas poucos sabemos o que é a felicidade e como se constrói. Ora, este é um conceito que não é consensual. Porém, todas as definições revelam dois denominadores comuns:
1. a felicidade envolve emoções agradáveis;
2. a felicidade é caracterizada por sentimentos de contentamento e satisfação com a vida ou com a situação atual.
Posto isto, no caminho para a felicidade (assim como todos os caminhos da nossa vida), os momentos de paragem são fundamentais. Por exemplo, estar em contacto com a Natureza é fantástico.
Bom Caminho!
“Eu vejo meu caminho, mas não sei onde ele leva.
Não saber para onde vou é o que me inspira a viajar.”
“Eu vejo meu caminho, mas não sei onde ele leva. Não saber para onde vou é o que me inspira a percorrê-lo.”
Foto captada em MŪŠA TYRELIS, na Lituânia, em Maio de 2018
Dizem que o Caminho chama por nós. Talvez seja verdade, não sei.
Em junho de 2019 decidi cumprir não tanto um desejo antigo, mas mais uma curiosidade antiga: fazer o Caminho de Santiago.
Não sou religiosa, pelo menos da forma convencional, mas tenho um certo respeito pela religião, principalmente por aquela em que fui educada.
Ao longo do tempo fui desenvolvendo o meu lado espiritual, de acordo com a minha forma de encarar a vida. A vontade de fazer o Caminho de Santiago não resulta de um desejo religioso (a minha mão sempre disse que todos temos de lá ir; se não formos em vida, vamos depois de mortos) mas sim da vontade/necessidade de concretização de uma experiência que considero transcendente: fazer o meu caminho.
O que eu pretendo é sentir a experiência do peregrino, do despojamento, da partilha, tanto de experiências como do espaço nos albergues, da exaustão física. Quero superar-me, sair da minha zona de conforto e arriscar uma coisa totalmente diferente.
Há muito tempo que falava desta vontade, cá por casa e com alguns amigos mais prováveis de alinhar nesta aventura. Havia sempre quem dissesse que também gostava de ir, mas nunca se efetivava nada. Nunca tinha propriamente procurado companhia e acabei sempre por não ir.
Eis que, num almoço de amigos, a A., com quem já tinha abordado o assunto, diz: “Vamos!”
Combinam-se algumas coisas: altura, como fazer... chegamos àquele fatídico mês de março de 2020 e instala-se esta nova realidade em que fomos vivendo até hoje. Mais uma vez não se efetiva esta vontade!
Começo a pensar que se estiver sempre à espera do momento certo nunca irei... Pergunto-me se algum dia conseguirei fazer o Caminho de Santiago?
Nunca viajei sozinha, pelo que já pensei muitas vezes em pôr pés ao caminho sozinha; resolvia duas questões em simultâneo: ia e ia só eu.
Milhares fazem o Caminho todos os anos, mas cada um faz o seu Caminho.
Vamos ver se consigo, efetivamente, caminhar o Caminho...
Decisão
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