24
Nov09
Felicidade
Mäyjo
Recebi um mail com este texto e achei-o tão bonito que quero partilhá-lo convosco.
É verdade, há uma parte da felicidade que se aprende e nem sequer é preciso ir à escola. Aprende-se no dia a dia entre risos e sofrimento, entre filhos e amigos, entre gente simples e a natureza. Aprende-se vivendo. Há uma parte da felicidade que é feita de momentos tão simples como um raio de sol que entra pela janela, ou uma borboleta que volteia numa flor ou numa criança que nos sorri sem nos conhecer.
Há momentos em que olhamos à nossa volta e percebemos a sorte que temos por termos nascido num pais onde não há guerra, onde existem jardins em vez de campos de minas e os nossos filhos saem à rua com uma bola na mão e não com uma arma. A felicidade aprende-se no dia a dia, quando nos damos conta que a montanha de roupa para passar não é uma seca, é uma bênção porque há quem ande nu e que a chatice de cozinhar é uma coisa maravilhosa porque temos com que o fazer. A felicidade não tem que ser grandiosa, não tem que nos fazer pular em praça pública, é antes serena e tranquila. É um sentimento que nos invade e aquece o nosso intimo, nos faz sorrir com a certeza que tudo está bem e nos seus devidos lugares. É um sentimento de gratidão para com ninguém em especial por sermos quem somos, por termos na vida quem temos. É uma sensação maravilhosa de paz de espírito que nos torna mais leves que as penas das aves do paraíso. A felicidade aprende-se cada dia mais um bocadinho. Às vezes esquecemos isto tudo por momentos, mas não é grave desde que seja mesmo só por breves momentos e no fim consigamos sentir de novo que somos capazes de ser felizes.
Há outra parte que não depende de nós. É aquela parte que depende da sorte em que vamos tropeçando. Sobre essa não temos controle, mas não faz mal, porque já temos a outra parte, aquela que está dentro de nós, onde ninguém a pode ir buscar e destruir. Se de vez em quando conseguirmos ter as duas, então somos mesmo muito, muitos sortudos e devemos aproveitar ao máximo esse tempo de sorte, porque é raro. E como tudo o que é raro, é precioso!