momentos...
Há momentos em que o mar entra sem bater e fica a fitar-me nos olhos, por longo tempo...
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Há momentos em que o mar entra sem bater e fica a fitar-me nos olhos, por longo tempo...
Com o tempo, a gente se desapega das manias, reinventa as certezas,
vai desatando os nós e criando laços,
deixa de lado a agitação e passa a curtir
a rotina da paz, do amor próprio, da delicadeza de um livro ou de uma boa companhia.
Com o tempo, a gente para de viver para fora
e passa a ser feliz por dentro!!
Tati Zanella
Tive medo de errar nos primeiros tempos.
Foi tudo muito incompreensível e estranho.
Senti confusão mental e uma espécie de amnésia temporária, pois a nossa mente tem a capacidade de se “desligar” para não sofrermos tanto.
A mente alheia-se para buscar a cura de uma dor que não se explica, apenas se sente. É importante senti-la para nos libertarmos dela com o tempo.
Aceitar que se está a sofrer e aceitar que com o tempo a dor será enfraquecida pela saudade ajuda…, mas a saudade também vai pesar. Mas vai ser uma dor diferente.
A única coisa que se pode fazer passa pela forma como doravante se vai abraçar a vida, perante a ausência… física e também espiritual!
Nunca fui de ficar parada e vou continuar; na senda dos dias vou substituir a dor pelas memórias.
Vou caminhar… devagar, mas vou caminhar!
O pôr do sol é a prova de que todos os dias podem terminar lindamente
Será que o vento conhece o meu nome?
ser uma mulher que envelhece
sem pressas, a ver as rugas formar-se no rosto
com os cabelos que vão embranquecendo ao ritmo da passagem do tempo.
o olhar que por vezes se perde na tristeza do horizonte.
aquela mulher que se senta no canto da sala e observa as outras mulheres iguais a si,
também elas sentadas, a folhear as páginas da vida em revistas velhas.
sentem-se fitadas, contempladas nos seus gestos lentos,
de uma labuta invisível no seu seio materno.
e persistem na espera da passagem dos dias,
fugindo à claridade da vida, resguardando-se da rua,
e declamam, baixinho, elegias que só os seus lábios
logram entoar.
Sou de sofrer, por pouco ou por muito, mas também sou de reconhecer o pouco para merecer o muito.
Eu sou de exageros porque fui habituada a extravasar, seja no amor ou na dor… uma gota para mim é uma tempestade!
Será que foi “um amor de inverno”?
Um amor que não quiseste assumir, mas não derreteu.
Intenso, mas circunstancial, silencioso, transitório, frio e calculista, que se instalou devagar e sem se fazer anunciar. Foi doce e derramou-se na minha vida sem eu perceber.
E depois, despediu-se sem mais nada… acabou sem acabar. Foste sem ninguém querer que fosses.
Será que voltas?
Como ouvi dizer, por aí algures: "gosto de viver de vagar, não tenho pressa de morrer"
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