«As almas gémeas não são as que se talham no Céu. Mas as que se esculpem uma à outra em alguma parte dos seus abismos.»
É típico o lugar-comum das almas gémeas, mas o que é isso afinal de “almas gémeas”? Será que o amor tem de ser para a vida? Implica sempre que ambas as partes pensem e sintam igual? Ou será que é melhor “os opostos que se atraem”?
Se pensarmos... o que será que origina uma história de amor feliz?
Têm que existir pontos de encontro! E um ponto de encontro pode ser a atividade mais prosaica da vida: limpar a casa juntos ao fim de semana, uma boleia para o trabalho, ler cada um o seu livro em silêncio...
Um ponto de encontro é uma ocasião em que estamos disponíveis. Seja para conversar (se for útil), para dar a mão, um abraço ou o que apetecer. Tal como as grandes empresas precisam de momentos de convívio para fortalecer os laços entre os seus colaboradores, também as relações entre as pessoas vivem dessas coisas.
E se a pressão ganhar terreno à vontade nesses momentos, então a solução é procurar colocar mais vezes a tampa da nossa panela. Podíamos usar outra tampa, pode não tapar perfeitamente, mas foi a que elegemos para nos aquecer mais depressa e manter aquele quentinho cá dentro.