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Ele há dias...

... em que me apetece dizer disparates e escrever o que me vem à cabeça, sem me preocupar em ser politicamente correcta. Este espaço vai servir para isso (pelo menos não gasto papel!).

Ele há dias...

... em que me apetece dizer disparates e escrever o que me vem à cabeça, sem me preocupar em ser politicamente correcta. Este espaço vai servir para isso (pelo menos não gasto papel!).

08
Mai20

Em momento de “recuperação” de “liberdade” fico a pensar...

Mäyjo

20160516_173302.jpg

As saídas até agora eram feitas com contenção. Com regras. Com precaução. Algo que pouca gente até agora tinha vivido, com certeza.

Quando percorríamos a pé (ou mesmo de carro), o cenário era de ruas completamente desertas. Era um vazio que arrepia... era frio, pesado... doía na alma e metia medo.

Este sentimento é/foi estranho para mim que adoro espaços vazios, sem pessoas (antes disto, procurava sempre espaços com poucas pessoas e fugia das multidões), principalmente para fotografar. Num outro contexto teriam sido paisagens de sonho... Eu, o telemóvel e uma paisagem urbana nua de gente! Se soubessem as vezes que desejei isso (e o tempo que esperei por aquele momento sem ninguém no ângulo da foto...).

E agora? Nem vontade tenho de fotografar.

07
Mai20

Em tempos de confinamento...

Mäyjo

Alguém com ar resignado e triste, desabafa, mantendo a distância de resguardo: Tiram-nos tudo. O pouco que temos, e agora a nossa liberdade. Nem conversar ou estar com os amigos podemos...

Para os mais velhos, é como se lhes tirassem o ar que, ainda, entra nos pulmões.

Dá que pensar: é difícil ser-se velho, mas a solidão ainda é pior. Ser-se velho e só é de uma desumanidade terrível. E uso a palavra velho de uma forma carinhosa, sem qualquer desdém. Tomara eu chegar a essas idades e ser velha!

Disciplinar estes velhos em tempo de "guerra" é duro, sim. Mas também é tirar-lhes a vida que ainda lhes resta.

Confesso que não me assusta a velhice nem a morte. Assusta-me a dor e a solidão.

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06
Mai20

Vai ficar tudo bem. Mesmo?

Mäyjo

A Primavera lá fora faz-me acreditar de que tudo isto vai passar..., mas o céu tarda em ficar azul, por trás destas nuvens cinzentas que teimam em não se ir embora

8842abrindo.jpg

Vai ficar tudo bem?... Não, não vai.

Não há hashtag pintada de arco-íris que me faça acreditar nisso.

Os problemas não se resolvem com um estalar de dedos, nem com uma poção mágica, nem com uma borracha que apaga as letras que, a lápis, escrevemos num papel...

Temos sim, uma folha de papel amarrotada que, por muito que a estiquemos não voltará a ser igual. Não podemos querer escrever um elogio à vida ou uma carta de amor numa folha amarrotada. Teremos de arranjar uma nova. Aí, sim, poderemos começar a escrever o futuro.

O depois vai ser árduo... mais para uns do que para outros, como em tudo...

Vai acabar por ficar tudo bem, mas não se ficarmos apenas à espera que passe. Não, se não arregaçarmos as mangas e se não tivermos a coragem de recomeçar!

Haverá sempre os preguiçosos, os frágeis, os oportunistas e, claro, os empreendedores, os inconformados, aqueles que não desistem.

Cabe-nos a nós escolher quem somos e o que iremos fazer.

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