Em 2017...
Em cada ano que começa, gosto de olhar para trás. Contemplar e refletir.
É um exercício que me faz pensar no que fiz, no que quero fazer, no fundo, que rumo e sentido quero continuar a dar à minha vida.
Acredito sempre que todos os anos nos trazem coisas boas. Acredito, também, que cada um de nós consegue fazer as escolhas certas de modo a ser feliz. Mesmo quando há coisas que não controlamos ou que não dependem de nós.
Acredito que há sempre caminhos... se nos deparamos com um muro? Esperamos. Ponderamos e arranjamos maneira de o superar. Nem que para isso tenhamos que construir degraus.
Na vida há sempre dias menos bons, em que nos falta a energia, em que colocamos em dúvida muitas coisas, mas também há outros, em que parecemos estar ligados à corrente e sentimos cá dentro uma voz forte e determinada que nos diz: Tu consegues! Tu consegues! Vai, força! Esses são os melhores dias! E que esses, ao fim de um do ano, sejam sempre a dobrar em relação aos outros.
A nossa atitude perante a vida faz toda a diferença. Como diz o ditado: “Ao ver um copo com água, gosto sempre de pensar que está meio cheio e não meio vazio!”
A gratidão é um sentimento de reconhecimento pelo bom que a vida nos oferece. Sinto-me grata pelas coisas boas que 2017 me trouxe. Pelas oportunidades. Pelos momentos doces que vivi. Por ter aqueles de quem gosto, perto de mim. Por acordar todos os dias junto da pessoa que escolhi para partilhar a minha vida!
Sabe bem saber que “a minha mais velha” e “o meu mais novo” irão estar lá quando eu preciso e que me estendem a mão e me dizem muitas vezes: "Tu és capaz"!
Nos balanços finais de um ano, entre as coisas boas e menos boas, só gosto de contar e relembrar o que de bom pude viver. É disso que se alimenta a minha energia, a minha vontade e força para continuar.
Vivi momentos felizes com alguns amigos. Reencontrei-me com outros, distantes pelo passar dos dias, mas sempre presentes no lado esquerdo do meu peito.
Em 2017 não pude abraçar o meu pai, mas continuei a poder abraçar a minha mãe... e dizer-lhe, muitas vezes, gosto de ti!
Em 2017 olhei para o azul do céu. Vi o pôr do sol no final de um dia de praia. Ri-me. Fiz rir. Olhei a noite estrelada numa noite quente de Verão. Ouvi, pela primeira vez, fado ao vivo. Cantarolei, no carro, vezes sem conta. Viajei muito... Coloquei flores nas jarras que tenho espalhadas pela casa. Brinquei e corri com os meus cães na praia. Vi as flores e a minha horta crescer. Apanhei fruta madura nas árvores.
Em 2017 tentei agarrar a felicidade das pequenas coisas. Dos pequenos nadas que somados se tornam gigantes.
Que 2018 seja um ano que nos continue a permitir sonhar!